quarta-feira, 18 de agosto de 2010

01-

O santo que se eleva e em sua santidade se perde da salvação, o pecador que se afunda e em sua queda enfrenta o demônio faminto de sua alma. A turbulência e a calmaria. Somos uma sinfonia de notas menores, caoticamente plantamos nossas sementes dia após dia.
A cada um basta o próprio mal dia após dia, e lentamente o seu vazio encontrar.
Portais com suas cores e desordem, por onde poucas estrelas marcharam para a grande hora, o crepúsculo dos deuses!
Deixo bem claro que não escrevo verdades nem ficção. Sanidade e loucura rezam como Deus e o Diabo, como personagens de um poema primeiro, de uma derradeira fonte que despertou com o primeiro olhar, do primeiro animal para si mesmo.
Que seja claro que nem tudo o que os olhos podem ver deve ser levado em consideração, mas que as visões dos primeiros versos são o segredo e o alimento do homem, em seu despertar.

Belo como o desperto que já não mais dorme,
A realidade que não mais engana.
A vigília que te conduz por sobre todas as coisas.
Tudo se é, tudo se pode ser.
E aos tolos, dia a dia a tolice contemplar.
Compreender é amar, amar cada vez mais.
Rodrigo Taveira.

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