sábado, 23 de julho de 2011

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Quanto tempo há de faltar ao tempo, regredir os fatos, revelar os dardos, setas inflamadas no dorso de um cavalo alado, que se atirando ao vento redimiu o homem que o segredo viu nos cachos negros de uma sombra vil...
Rasgando a pele e expondo a carne em um nevoeiro de sonhos, que encobrem negros penhascos que por traz o horizonte relembra a esperança de tranquilas águas, por sobre profundos abismos que ecoam a guerra de antigas estações...
Desbravar com honra e ancestral nobreza, feito enfeitiçada espada enferrujada. E vestida de linho voa a dama, que da águia roubou o ninho e no brilho de uma estrela o caminho de casa encontrou. Ela que viu a fúria e o rugir dos leões para um único e solitário lobo, professor dos sábios que além dos céus no vazio pleno se deixam extinguir...