quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Nada é sagrado quando ninguém é salvo.


Ao ponto de ser a si mesmo a súbita resposta da necessidade pelo sentido da vida, e entregar tua própria alma as corruptíveis razões do mundo, do destino e seus íntimos passos, contemplando em seu sangue a imagem invertida do reflexo de uma sociedade totalmente perdida.
Ele levou o pensamento corpóreo ao mais alto nível espiritualístico, fazendo em si o que o mesmo dizia de retomar a glória, retornar ao principio fundamental para alcançar o final precedente. Realizando desta forma a desconstrução da realidade e o início de uma vida infinda, em um contexto precedido de uma realidade fantástica em um universo desconhecido...

O Nascimento de um estranho mundo novo
Após séculos e séculos de lágrimas,
Poderia eu achar o tolo que foi longe demais?
Veja novamente, dê outra volta... Silencie teu ego!
Não fiz eu com que o ódio ficasse para trás?
Nada é sagrado quando ninguém é salvo?
Por uma cidade desolada fui rejeitado,
Meus filhos se converteram em uma amorfa perda de esperança!
Nada é sagrado quando ninguém é salvo?
Dentro do espectro mentiroso que se intitula rei,
Dentro do cálice sujo onde se toma o vinho,
Onde podemos encontrar a dignidade?
Nada é sagrado quando ninguém é salvo?
Percorro meu horizonte enquanto o azul se torna negro...
Insignificante eu sou! Sim sou!
Se nada no mundo mudar, nossos filhos herdarão o nada?
E decerto profetizarão:

__ Nada é sagrado quando ninguém é salvo.


... Ele era o filho mais velho, de uma família faminta, de um lugar qualquer, o seu nome realmente não sei, mas sei o que ele foi, o que ele é e o que em breve será!

Ontem ainda era dia, dei um tiro para o alto... Esperei por fadigo tempo, mas a bala não retornou.
Eu esperei tanto por você!
Ontem ainda era dia, escrevi o seu nome em forma de versos e depois o queimei... Esperei por fadigo tempo, das cinzas nada tirei.
Eu esperei tanto por você!
Ontem ainda era dia, eu gritei o teu nome... Esperei por fadigo tempo, tua voz da solidão não ecoou.
Eu esperei tanto por você!
Ontem ainda era dia, eu fixei os meus olhos no céu... Esperei por fadigo tempo você não me reparou.
Eu esperei tanto por você!
Ontem ainda era dia, você apareceu... Esperei por fadigo tempo, lhe virei às costas e lhe disse adeus!
Eu esperei tanto por você?
Ontem ainda era dia, você nunca esteve a minha espera!
Rodrigo Taveira.

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