sábado, 31 de março de 2012

O fantasma dos sonhos.


A quem clamarei?
Porque clamarei?
Tão certo enlouquecerei!
Mas por alguns segundos... Sim!
Eu sinto! Certas águas podem acalmar ou definitivamente nos afogar!


Sexta feira 00h30, tenho a sensação de que já estive aqui antes, talvez sejam meus sentidos em um estado de confusão... Sim pode ser!
Sábado 07h15 , desperto e me lembro, dentista as 09h00, sinto a sensação de que já fiz isto antes.
Um dia como sempre, estranho, confuso, saudoso por sinal... 08h45 chego ao consultório, me aproximo da recepção, uma moça de bela aparência e de mau humor mal esperou que eu me pronunciasse e disse:
__ Aguarde por favor, o doutor somente lhe atendera as 09h00!
Pensei comigo, que lugar estranho! Não tinha a menor ideia do que ainda estaria por vir... Enfim aguardei!
Exatamente as 09h00, escuto me chamarem, era uma voz masculina, me ergo, aproximo me, a porta se abre e entro...
__Um gato negro? Isso é uma brincadeira? Então ouço uma voz:
__ Definitivamente não é uma brincadeira, existem coisas que você precisa saber. Não sou o que acreditas ver!
O terror tomara conta de min, questionava me em meus pensamentos:
__ Enlouqueci? Porventura isso é um sonho, um pesadelo, onde estou?
Em uma reação instintiva tentei abrir a porta, mas a maçaneta se dissolveu como água em minhas mãos; foi quando aquilo que eu cri ser um gato se aproximou e disse:
__ Olhem em meus olhos, deixe que eles te guiem, é a única forma para que você descubra a realidade...
Naquele momento, ao olhar nos olhos daquele ser, eu vi como se fosse uma grande chama e dentro desse grande espetáculo de horror e fogos era como se brilhasse milhares de estrelas, algo extremamente terrível e ao mesmo tempo pacifico e revelador.
Os raios, o estrondo e o clarão se fundiam em uma constelação de cores e sensações, a matéria desfragmentada, a realidade em convulsões, o tempo se revelou não ser, um universo holográfico por sobre uma cortina de fantasmas...
Como uma súbita morte fui apanhado por um coral de infinitas vozes que começaram a cantar e do olho do vórtice em meio às chamas ele apareceu, como um grande e poderoso Dragão, suas escamas de cristais, refletindo todas as cores...
Ele veio em minha direção e quando se aproximou de mim, seu halito enrijeceu todos os meus músculos. Como envolto por centenas de serpentes me sentia, podia contemplar todo mal, mentira, ódio, ilusões a se afastarem de mim, queimando, como uma explosão em cada átomo do meu ser. Dor não sentia, não mais era e no entanto não deixava de ser...
Acordei em um bosque de altas arvores e turva neblina, levantei e pus me a caminhar; em direção ao Sol, sozinho e em silencio... (Rodrigo Taveira)

quinta-feira, 22 de março de 2012

Escolhas.


“Quem chamará por meu nome quando não mais puder ouvir?”

A verdade voa para longe de nossas mentes, mistérios que se escondem nas trevas do tempo...
E neste resto de vidas mortas, o que te resta no final?
Em mais enlouquecer à eloquente canção, amada sinfonia!
Vivendo em um sonho, no espaço me perco e navego sobre a luz...
Sou mais um navegante em direção ao sol, eu sei que não há retorno!
Mas eu sou um navegante em direção ao sol e isso é literalmente claro...
E nos oceanos solares navegarei; de longe verei brilhar as flores do Deus dos deuses!
Eu sei não há retorno!
A eternidade é profunda em si...
Navegarei em direção ao sol!

“Nessa escravocracia quem cederá primeiro, o corpo ou a chicotada? Quem abrirá a vala, o coveiro ou o morto? ''