Enquanto o silencio se
torna coragem... Milhares de casulos em minha mente.
Para alguns um tolo
pareço, de outra forma não seria... O medo colide com amor em
poucos segundos.
O tempo ruge, trémula
e desperta a criança morre. As estrelas brilham em minha alma...
Aqui e agora sinto algo
estremecer, milhares de casulos a se romper... As borboletas,
incontáveis asas, fragmentos do passado vivem neste momento, morrem
minutos após... Estar em um ponto onde não existe retorno, um
caminhante que olha para traz mas não se recorda de onde veio, não
se recorda para onde vai... A eternidade de um momento presente,
encontrou a chave, invadiu os céus, tomou para si as estrelas e
despencou... A dor, o alivio, o sorriso mascarado; o feto que foi
abortado, aberto, todas cores, todos os sons, em si mesmo o vácuo...
Os universos como
pequenas esferas a girarem em torno de si, no vazio obstruído,
infinitas almas transmigram em suas evoluções... O caos e o cosmos
sentados em seus balanços, vendo, contemplando a arvore florescer
enquanto morre... O vórtice de energia que se eleva é o mesmo que
esta em queda... E em si tudo é ilusão a não ser o silencio...
Isto é em si um sonho
ou realidade? Ele pergunta a si mesmo e após um compasso, um dia
para o seu deus que é em si todos os deuses, há si mesmo ele
responde: Enquanto o 'eu' morre, sinto, danço, aqui e a agora!
Olhando as nuvens que
se movem, ele sente dentro de si o calor do sol, a canção dos
planetas lhe sussurra aos ouvidos, conectado? Não, tudo e ele são
uma coisa só e no entanto não são...
Um fagulha consciente,
desperta em uma grande fogueira, se parece sozinha, entristecida,
porem em seu silencio ela se regojiza, ela se move no intimo de toda
a fogueira, vê pelos olhos que não são seus, o calor, a morte, a
vida, a musica...
O que pode significar a
vida para aquele que dorme?
Rodrigo Taveira.
Um comentário:
Tens muita sensibilidade Rodrigo
Momentos assim em que a mente se expande ouvindo o silencio que na realidade é nossa verdadeira voz,são mágicos e nescessário.
A vida,a morte,o sono,o despertar...Quando existimos realmente?
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