quarta-feira, 5 de setembro de 2012

05-09-12


O tempo, reviro o meu templo, sucumbo em meus poucos momentos de lucidez.
A noite me encontro com velhos sussurros de uma negativa peculiar, o amor e solidão tão próximos; como um pássaro e o céu!
A ruína reescrita e a esperança atormentadora, doce são os lábios que me faz querer ver o Sol, apesar da dor!
Doravante minha estrela ouvisse o meu silencio e comigo fugisse para além das altas e sombrias montanhas... Por onde carros nem frias e demoníacas mecânicas podem chegar!
Sou um homem de alma antiga, cuja as marcas de cíclicas existências já começam a doer... Quantas vezes mais de um tumulo terei de sair? Há quantos mais terei de provar? Longe das cidades de cristais e dos vales flamejantes existe uma arvore, na qual nossos nomes talhados foram...
Levado por seus lobos até a mais alta colina, ele viu a escuridão, sentiu a turva neblina curar seus olhos da cegueira, se sentou e sobre si há mais bela Lua, com seus irmãos uivou, cantou, chorou, agradeceu pela pequena fagulha de luz que seus olhos podiam ver...
Qual o sentido de corpos tão pesados e frágeis mentes? Sonhadores e espreitadores, uma caça silenciosa pelo absoluto vazio... Qual a verdade nas silhuetas e em suas pequenas sombras?

Rodrigo Taveira.

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