O
tempo, reviro o meu templo, sucumbo em meus poucos momentos de
lucidez.
A
noite me encontro com velhos sussurros de uma negativa peculiar, o
amor e solidão tão próximos; como um pássaro e o céu!
A
ruína reescrita e a esperança atormentadora, doce são os lábios
que me faz querer ver o Sol, apesar da dor!
Doravante
minha estrela ouvisse o meu silencio e comigo fugisse para além das
altas e sombrias montanhas... Por onde carros nem frias e demoníacas
mecânicas podem chegar!
Sou
um homem de alma antiga, cuja as marcas de cíclicas existências já
começam a doer... Quantas vezes mais de um tumulo terei de sair? Há
quantos mais terei de provar? Longe das cidades de cristais e dos
vales flamejantes existe uma arvore, na qual nossos nomes talhados
foram...
Levado
por seus lobos até a mais alta colina, ele viu a escuridão, sentiu
a turva neblina curar seus olhos da cegueira, se sentou e sobre si há
mais bela Lua, com seus irmãos uivou, cantou, chorou, agradeceu pela
pequena fagulha de luz que seus olhos podiam ver...
Qual
o sentido de corpos tão pesados e frágeis mentes? Sonhadores e
espreitadores, uma caça silenciosa pelo absoluto vazio... Qual a
verdade nas silhuetas e em suas pequenas sombras?
Rodrigo Taveira.
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