A
lamentação diária, rotineira, provável no possível e nas impossibilidades. Caminhos que se fazem retilíneos em uma figura de
realidades cíclicas, múltiplas e divergentes.
Aflogístico
lamentar e o tempo que outrora fruto de mitos e canções, agora
aliado a verdade se prostra aos pés do caos e suas intenções.
E
em nossas faces cansadas e caídas de tanto procurar, por algum
motivo, o despertar!
Pode
parecer à primeira vista insensatez, mas o que não é insensato
caro amigo? Libertar se do medo, medo ao qual é a origem de toda
falsa verdade e um caminho de sombras e sem direções!
Razões
que cremos que são desconhecidas, razões a quais conhecemos que em
si de racional nada possuem... Mas no intimo tudo é revelado e
facilmente conhecido...
Cada
momento que se passa, cada segundo que se esvanece, perceber se cada
vez mais e evidentemente que tudo é tão comum, simples, como uma
brincadeira de criança, como o revoar dos pássaros...
Somos
moldados diariamente para estabelecer e fundamentar a nossa fé na
razão. Dificultamos as passagens, colocamos barreiras, impedimos o
caminho com nossas conclusões inúteis e fúteis, nossos tolos
pensamentos procuraram erroneamente... Cavamos buracos para encontrar
o que é o bem e elevamos nossas faces para o alto, na tentativa de
compreender o mal.
Mas,
o que não sabemos é que estamos além e que a cada momento que se
passa, chegamos mais perto, cada vez mais perto e no entanto nada
podemos ver!
A
realidade é única e ao mesmo tempo fragmentada, múltipla e em
desordem, ela nos arremessa ao mesmo lugar, mas por caminhos
diferentes. Ela nos molda conforme nossa imaginação que reflete o
fragmento deste caos em cada um de nos. Somos espelhos a refletir,
somos o que o espelho reflete, somos um insignificante e frágil
fragmento caótico juntos aos nossos infinitos irmãos... Somos a
distorção da criação e sua magnífica manifestação, esferas de
infindas cores, frágeis e compulsivos. Somos o que se eleva e o que
se rebaixa, a turbulência e a calmaria, os sonhos e os temíveis
pesadelos!
Somos
parte de uma canção composta por energia, manifestações e
contradições, somos as notas que foram compostas pela majestosa
sinfonia cujos os instrumentos são o tempo...
A
cada um que se ache vazio, se preencha... E aos preenchidos, se
esvaziem!
Pois
o caos e sua sinfonia se revelam a cada novo amanhecer, com suas
cores e desordem, amores e ódios, como bons e péssimos pais.
E
tudo jaz simples na cova que se refaz, pois o desperto já não mais
dorme, a realidade não mais engana, o que outrora cegava te faz ver
por sobre todas as coisas... Você tudo pode ser e na iluminação
nada ser!
E
aos tolos basta à alegria, a felicidade de se alimentarem de ilusões
e tolices!
Em
verdade, segredos não existem, apenas coexistem com as diversas
possibilidades e suas alusões...
Quem
compreende cada vez mais ama, pois tudo se encontra em aberto e em
constante evolução.
Rodrigo Taveira.
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