terça-feira, 3 de abril de 2012

03-04-12


Sua alma… Este sopro silencioso que constitui a ponte para o seu ser, decifrar?
Sem formas, cor, cheiro... Esta experiencia de criação onde infindáveis mundos nem se quer hão de existir. Energia, apenas energia... O mistério esculpido em seus olhos por intermináveis dias, a presença, o calor, a verdade se torna uma palavra presente.
Por muito tempo andei fraco e angustiado.... Os meus sentidos e emoções estavam supervalorizados em minha desgraça e decadência; imperfeito, insatisfeito, incompleto...
Noite de luar sem estrelas, sim, sou feito a turva neblina que sua mistica silhueta ninguém contemplou...
Fecho os olhos, monocromática memoria... O sussurro do passado há velar o futuro.
Me apaixono pelo que não posso ver, sinto o que não deveria sentir... O teu pensamento a passar por mim feito procissão de fantasmas em direção ao Sol. Nuvens flutuando no silencio, um sonho febril!
Eu vejo uma tempestade se formando no chão, a cicatriz se fechando e o planeta novamente navegando... Não existe razões ou caminhos traçados, certezas e propósitos se perdem em meio as cinzas...
Fomos abandonados cegos nessa esfera... Somos acolhidos pelo destino em vão, pois nem o mesmo sabe quem somos... Perdidos entre a escolha, despertar? Eu não temo descobrir que caí longe demais...
Algumas coisas realmente não podem ser explicadas, o que sinto é como o esverdeado musgo que cresce sobre as pedras... 
E em sua alma? Na luz nua eu vi amor em ti!
(Rodrigo Taveira)

Nenhum comentário: