domingo, 22 de maio de 2011

Ele me chamou pelo nome.


Um sábio contando uma historia sobre o fim, com roupas sujas e em fiapos. Aproximei me então com os olhos dilatados disse me:

__ Estúpido e desgraçado homem! Sei o que queres, sei para onde tu estás a ir... Feche os olhos e apenas ouça minha voz.

Tu estavas em um sonho de realidade, transcrevendo suas verdades em papéis velhos e sujos, por certo os mais puros, mas longe de chegar a algum lugar...
Olhavas para o alto, estavas em alto mar, por sobre si um céu azul onde as gaivotas profetizavam seu destino, o céu e o mar, tudo estava a cantar!
E por toda sua viajem nunca esteve só, apesar da solidão ser o único sentimento latente em seu corpo.
Ouça agora e atentamente pobre homem das camadas inferiores, esta é uma canção que afasta o sono!
O sono de realidade, tu olhavas o sol e nada podias ver e o sol ria de ti!
O mar balançava seu pequeno barco e como um tolo permanecias atônico como um verso de estupidez escrito de um tolo para os tolos.
Então o mar parou, ficou calmo, parecia flutuar!
Esta é uma canção que afasta o sono, atente para o que vos digo e incessantemente repito dia após dia, noite após noite, vida após vida...
Este é o sono de realidade, a vida e a morte são os dois braços da mentira que por eras de sofrimento conduz os homens ao erro e ao engano.
Por mais que as ondas te cubram e te faça afogar, se despertares saberá o que fazer... O teu deus não fará por ti, os anjos nem se lembram mais, se encontrão em decadência e catatônica vontade!
A verdade? Se em algum lugar ele há de existir, há de existir dentro de ti!
Mas não hei de ti enganar pobre e perdido homem, sempre estarás triste... Por quê?
Navegue nas águas turbulentas de sua mente! E faça com que elas se acalmem e então verás o fruto do despertar!
Agora basta o seu caminho seguir, nada examinar, nada a se pedir... Pois nada é digno de apego e até o teu caminho é uma ilusão.

Com gargalhadas se afastou e deitou-se no pó e em um abraço de fúria a terra lhe engoliu, se fazendo do lugar pedras e desolação.(...)

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