Quando
adormeci as estrelas se apagaram em minha mente, o cansaço e a
recusa, enquanto os dias passam sedutoramente pelo os meus olhos que
só enxergam o medo. Se torna arduamente difícil para um animal,
paralisado, isolado, aceitar uma aproximação sem atacar!
Amar
e ser amado, talvez figuras de linguagem? Entre o sorriso e a
discórdia... Alguns se arrependem amargurosamente de terem queimado
suas asas!
Como
em uma maldição fatal, um vulcão adormecido que em seus tremores
um pouco a respirar...
A
angustia é um espelho que foi quebrado por refletir a verdade, por dizer:
__ Veja, contemple o quão patético e insignificante se tornou o
homem que um dia almejou estar entre os deuses!
Imóvel,
digerido... Olhar trêmulo e uma turva visão, sem cores, apenas
espectros em um turbilhão acinzentado.
Ofegante
a cada amanhecer, cansado. Dizem os loucos que a vida não há
sentido para aqueles que não querem sentir...
Ele
sabe que a única segurança é a morte, viver é perigoso, é
desafiar se a si mesmo, é o momento entre a queda e o impacto!
Mas
há uma fagulha nessa escuridão, lentamente chega a chuva neste
deserto...
Um
longo período de dormência antes da semente germinar. Foi preciso
um longo caminho, para que o sol de olhos verdes brilhasse sobre as
ruínas de uma antiga piramide e dissesse: Levanta-te e anda!
Rodrigo
Taveira .:.
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