segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Manifesta se.


Sinto me aflito, tenho sensações que nunca antes... O silêncio zomba das minhas palavras.
Por um momento pensei em ouvir algo... Deve ser alguém, sim! Vejo uma mulher alta e nua, de semblante triste e amargurado, rodeada por algumas pessoas famintas e deformadas...

__ Quando solitárias as almas choram, uma estrela se apaga nos céus...

Por quê? As pessoas são cegas, surdas e falam demais! Algumas se queixam de nunca terem sido amadas, em verdade alguém as amou e ainda ama... São como o vento que passa pelas flores e nem reparam a beleza que deixam para trás... Poderiam apreciá las por um simples segundo, mas não! Estão ocupados demais com os seus espelhos.
A vida suplica, o destino revela conselhos, mensageiros e até o impossível lhes acontece.
Estão perdidos, sozinhos em cadeias que os mesmos criam.
Se quiserem ser felizes teriam de nascer de novo mas, não como vento e sim como flores...
Compreendam! O amor só existe um... E uma vez apenas. Quando se vive esse amor ele é para sempre, lhe acompanhará por toda sua trajetória nesse universo de caminhos misteriosos.
Saberiam que seus medos e angustias nada são, pois no estado que se encontram estão todos mortos, pois só quem ama com a pureza e com a compreensão do que é o amor pode manifestar a vida.


__ Creio mais em minhas duvidas do que nas certezas que possuo...

Enrosco me, as dúvidas são como uma cobra constritora a me sufocar.
O ar por várias vezes me falta... Os cigarros acabaram e as drogas não fazem mais efeito... Alívio? O que é o alívio?
Perdoem me caros amigos, mas os meus santos caíram antes de comigo falarem!
Com um pouco de barro e água, começo a moldar... Faço as imagens que vejo no além, um sol dançando nos céus, estrelas vermelhas que caem com suas chamas por sobre os mares...
Fogo, fogo para queimar o barro!
Onde está o fogo? Abro minha alma e peço fogo... Ela concede!
Quando termino o que vejo? Uma santa desnuda de aspecto sensual a me olhar...
Que macabra sensação... E ela por infortúnio me disse assim:

__ É! Desfragmentar me ei e com o vento irei!

Levanto me, onde esta o Sol? Porque ele não mais voltou?
Meus olhos se fecham e o sono me revela: 


__Eis que há muito tempo caminho distante e só!
(Rodrigo Taveira)

Nenhum comentário: